ABSTRACT In 1760, Palissot presented Les Philosophes, a comedy that raised two problems that concerned antiphilosophes and encyclopedists: the widespread adoption of the label philosophe, even among those not deserving the title; and the manner in which those who boasted about altruistically devoting themselves to the struggle against the prejudices of the time employed the most despicable ruses against their peers in order to achieve a coveted position and the applause of the public, which they believe they could manipulate at will. This article analyzes texts about the figure of the philosophe in eighteenth-century France, and in particular those who warned against the deterioration of their public image as a result of the literary quarrels. In doing so, the article recovers scarcely-studied sources that are important for understanding how men of letters perceived themselves, valuing their social ascendancy over the often scorned illiterate multitude. From this perspective, the philosophe appears as a polemical figure who sees themself as the director of public opinion.
RESUMEN En 1760 Palissot estrena Les philosophes, una comedia que expone dos problemas que preocupan a los antiphilosophes y a los enciclopedistas: está muy de moda hacerse llamar philosophe, aunque no se merezca tal denominación; quienes se jactan de entregarse de manera altruista a la batalla contra los prejuicios de la época emplean las artimañas más viles contra sus semejantes para lograr la codiciada plaza o el aplauso del público al que creen poder manipular a su antojo. Mediante el análisis de los textos en torno a la figura del philosophe en la Francia del siglo XVIII, y en particular los que alertan contra el deterioro de su imagen pública motivado por las querellas literarias, el artículo rescata fuentes que apenas han sido estudiadas, que resultan decisivas para comprender cómo los hombres de letras se perciben a sí mismos y valoran su ascendencia social sobre la multitud iletrada, despreciada tan a menudo. Desde esta perspectiva, el philosophe aparece como una figura polémica que se postula como el director de la opinión pública.
RESUMO Em 1760, Palissot estreou Les philosophes, uma comédia que expunha dois problemas que preocupavam os antiphilosophes e os enciclopedistas: estava na moda chamar-se a si mesmo de philosophe, mesmo que não se merecesse tal designação; aqueles que se gabavam de se dedicar altruisticamente à batalha contra os preconceitos da época usavam os truques mais vis contra seus semelhantes a fim de obter o lugar cobiçado ou o aplauso do público que acreditavam poder manipular como desejavam. Ao analisar textos sobre a figura do philosophe na França do século XVIII, e em particular aqueles que advertem contra a deterioração da sua imagem pública causada por disputas literárias, o artigo recupera fontes pouco estudadas, que são decisivas para compreender como os homens de letras se percebem a si próprios e valorizam a sua ascendência social sobre a multidão, tantas vezes desprezada, de analfabetos. Nessa perspectiva, o philosophe aparece como uma figura polêmica que se coloca a si próprio como o diretor da opinião pública.